Foto: Henri Cartier Bresson
Para enfrentar o absurdo
fiz um escudo
de aço e imaginação
vesti uma armadura de cansaço
depois de chupar um limão
coloquei minha cara mais feia
estufei a veia
insuflei raiva no pulmão.
Gritei bem alto
fiz dos ouvidos dos outros palco
da ética um refrão
peguei uma lança envenenada de estética
montei no pensamento alazão
cavalguei nua pela lua
em trote de rima pobre
disfarçada de cavaleiro nobre
lutei contra a calma e a mansidão
bebi de toda a minha loucura
deixei de viver em vão!
Um comentário:
São em poemas assim que rimas pobres enriquecem. Muito bonito!
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