terça-feira, 22 de abril de 2014
Agora Inês é morta
Agora a Inês é morta
é fechada a porta
não há mais luz no olhar
agora a Inês é morta
não haverá outra rainha ao lugar
E morta é Inês
não mais vida em sua tez
apenas sua textura ao ar
Inês, mesmo morta
acaba de se coroar
mas não adianta
Inês é morta
inexorável é o destino
a guisa do que se possa amar...
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Soluço e solução
Já perdi a ingenuidade para crer em quimeras, hoje todas as coisas são meras coincidências, transitórias consciências da realidade, como as luzes da cidade que acendem-se e se apagam sem pedir licença, como as manchetes do jornal que nos fazem perder a crença. Perdeu-se a inocência neste turbilhão de duras verdades. Há apenas uma solução para quem se cansa desta cruel maturidade: voltar a ser criança e re-inventar a realidade.
Realidade
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Evolução, alegoria e adereços
Não era avenida ou favela
apenas claustrofóbica cela
elétrico covil
vulnerável meio hostil
Proteção apenas de Maria
da pena, da Penha
e do Santo Clodovil
(ninguém sabe, era noite, ninguém viu!)
Fulgurou apenas por um instante
apenas a lembrança
do dia, do diamante
dos longínquos hinos,
dos pequenos pedregulhos
dos passados Diamantinos
carnaval de luzes
tirando máscaras
liquefazendo capuzes
com o poder da rima
fugaz como uma fantasia que brilha e termina
Gloriosa como Evandro de Castro e Lima...
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