terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Primata

Pobre primata...Achou que ganharia a vida num tapa, com um rabo de arraia faria todos fugirem da raia, que venceria na groceiria  Mas estava lutando com quem este primata com esta cara de lata pintada de falsa alegria? Estava lutando com a lua, o vento, o erro de julgamento e a solidão que entre o silêncio dos seus tambores e mau-humores não desaparecia. Pobre, pobre, primata, não soube ser amado, pois para ele amor eram os líquidos que jorravam entre as fricções e aflições  das carnes que se metia. Pobre, pobre, pobre, primata e sua cara de lata, com um sorriso amarelo esculpido a martelo, fingia. Que amava e era amado, enquanto embalado pela solidão sobrevivia. Rezo por este pobre primata, que ainda haja tempo para ser salvo pela tão tolerante poesia.

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