sexta-feira, 3 de junho de 2011

Solidão tão minha


Foto Henry Cartier Bresson

Me busca no espaço este vazio do corpo
solidão tão minha
esta de sentir-me apenas luz
pairando sobre os leitos de carne
despida de obrigação,
de direitos de criação
coberta de penas e castigos
tecidos umbigos de genes
incongruentes, parentes
parênteses entre o ser e o não existir
além da expectativa humana
tão vil, vulgar, material e insana.
herança?
Apenas a triste  esperança da liberdade
no requiém solitário.

Solidão tão minha...
placentária, planetária
alma além da idade
burra velha, carregando
nas costas o peso da sociedade.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá. Gostei muito do seu poema "Solidão tão minha" e gostaria de publicá-lo no meu blog http://poesiaselecionada.blogspot.com/. Solicito sua autorização.Grato pela atenção. Bernardo