domingo, 13 de fevereiro de 2011

Impossível



Tiro minha pele
viro ela do avesso
anestesio a dor que me fere
dor que chama-se apreço.

Subo escadarias
de joelhos  em penitência
amputo as horas dos dias
dispo-me da decência.

Escalo himalaias
espero o sol não mais nascer
tiro a areia das praias
escureço o amanhecer.

Que mais posso eu fazer?

Para que não morra sem existir
este amor que me assola
que parte-me sempre, por partir.

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