Já não me aprisiono mais entre quatro paredes, como poderia? Apenas estrelas brilhando em um infinito negro, agora meu corpo. Já não me alcança mais o tato e mais nenhum ato me desafia, toda a multidão contida em um jorro de espermas não mais me alcança, sou ave. O céu é corpo e no olhar o brilho da lua que reflete um sol distante, não mais sou satélite, sou solidão das órbitas intocáveis que habitam meus dias. Apenas vislumbro a inércia dos astros nutrindo-se do caminho que naturalmente os impulsiona (é bom ser astro) sem o esforço de uma formiga trabalhadora. Para que ser formiga? Prefiro a imensidão do espaço que a macicez do galho de uma acácia para nutrir-me, o vento é apenas uma circunstância inexistente no vácuo, não mais fator determinante, eu determino, pois sou eu agora astro viajando em um sonho de algum menino.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Libertação
Já não me aprisiono mais entre quatro paredes, como poderia? Apenas estrelas brilhando em um infinito negro, agora meu corpo. Já não me alcança mais o tato e mais nenhum ato me desafia, toda a multidão contida em um jorro de espermas não mais me alcança, sou ave. O céu é corpo e no olhar o brilho da lua que reflete um sol distante, não mais sou satélite, sou solidão das órbitas intocáveis que habitam meus dias. Apenas vislumbro a inércia dos astros nutrindo-se do caminho que naturalmente os impulsiona (é bom ser astro) sem o esforço de uma formiga trabalhadora. Para que ser formiga? Prefiro a imensidão do espaço que a macicez do galho de uma acácia para nutrir-me, o vento é apenas uma circunstância inexistente no vácuo, não mais fator determinante, eu determino, pois sou eu agora astro viajando em um sonho de algum menino.
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